“Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas. O assalariado não é o pastor a quem as ovelhas pertencem. Assim, quando vê que o lobo vem, abandona as ovelhas e foge. Então o lobo ataca o rebanho e o dispersa.” João 10.11,12
Há um ambiente, dentro das igrejas, que difere muito dos parâmetros das Escrituras Sagradas. Líderes não lideram e influenciam seus liderados ao caminho de Deus, por meio das Escrituras, ao modo prático. Na Bíblia, Deus permitiu o comparativo entre pessoas e ovelhas, assim como líderes espirituais e pastores de ovelhas, que podem ser denominadas, atualmente, de pastores, presbíteros, anciãos. Tais líderes tornam-se tutores de pessoas tanto quanto da maneira de viver em todos os seus aspectos – família, trabalho, relacionamentos, perigos, vícios, entretenimento, saúde, dentre outros. Essa tutoria tem por objetivo fazer com que as pessoas se tornem hábeis para tomarem decisões e enfrentarem problemas cotidianos. O método de ensino baseia-se na Bíblia (não desmerecendo outros ensinos que seguem a visão de Deus para o homem, sociedade ou o mundo na qual vivemos). Não condiz com as Escrituras Sagradas que o pastor de ovelhas se intrometa na vida da pessoa, controlando-a em tudo ou naquilo que lhe for conveniente.
Cabe destacar que a Bíblia demonstra como deve ser o pastor: atento a todos os sinais possíveis que demonstrem perigos externos (lobos, falsos profetas, risco de morte, pestes) ou internos, como os emocionais, conflitos… Ademais, precisa haver atenção às oração para que Deus o ajude a conduzir todos os corações e mentes à luz dos ensinos estabelecidos pela Bíblia. Esses cuidados incluem os pertinentes à sobrevivência, condição do bem-estar físico (saúde, alimentos, vestimentas, proteção e abrigo, manutenção financeira) e ao emocional (rancor, raiva, estima baixa, opressão, depressão). Não se pode deixar no esquecimento que a ovelha (animal) não fala, e o líder precisa estar preparado para conduzir aquelas que sofrem por qualquer motivo e são hábeis em não demonstrar. Estas podem estar em situação pior em relação as demais ovelhas que conseguem demonstrar aflições/angústias.
Infelizmente, essas atividades pastorais foram terceirizadas, ao longo do presente século, considerando-se as funções essenciais: pastor presidente e pastor vice (executivos), outros pastores e presbíteros (gerentes cuidadores); líderes de células e de adolescentes, e jovens (supervisores). Muitos liderados (ovelhas) vivem rodeados de pastores ou presbíteros por anos, mas esses raramente os conhecem bem. A ovelha, na pós-modernidade, em muitos locais, virou um produto que tem por obrigação “se virar” para viver e tentar obedecer, voluntariamente, aos desígnios de Deus já expressos na Bíblia, nas Escrituras Sagradas.
O pastor presidente e o vice cuidam das agendas, administram os gerentes e supervisores, mas o contato real com os membros só acontece quando estes os procuram para a resolução de problemas sérios, ou por espontaneidade. A interação direta dos pastores para com a igreja, ou com os liderados, é pouco comum, assim como as visitas aos lares e os telefonemas. Não há interesse em saber se as ovelhas (membros) estão sadias, se caminham com sabedoria sobre os ensinos da Bíblia Sagrada. Há uma cegueira predominante, na qual a infraestrutura física, os títulos e o engajamento com entidades eclesiásticas diversas passam a ser o motor das funções dos pastores. Considerando esse modelo como normal ou correto, os membros vivem na ilusão de que o líder mais próximo está atento às suas dificuldades e, em muitos casos, não estão, ou pensam que é de inteira responsabilidade tentar de tudo antes de pedir ajuda. Nesse trajeto, os problemas podem se agravar sem haver condições favoráveis para conserto, ocasionando perdas. Exemplos ocorrem quando há faltas constantes nos estudos bíblicos, nas reuniões das células ou na dificuldade de locomoção devido à distância. Poucos líderes importam-se e aprofundam-se para compreenderem as carências individuais, reportando-as aos superiores. Quando os diversos líderes (supervisores e gerentes) passam feedbacks aos pastores quanto à administração de seus liderados, dificilmente é perceptível qualquer alteração na rotina da igreja e na administração individual de cada membro ou liderado. Os pastores devem acreditar piamente que seus sermões são efetivos, pois não temem abordar qualquer tipo de assunto à luz das Escrituras Sagradas, mas esquecem que existem pessoas com dificuldades diversas, inclusive a de enfrentar suas dificuldades. Elas requerem atenção especial.
A Igreja de Cristo tem se esvaziado; dificilmente, os membros terão prazer em continuar a frequentar o templo, muito menos as preleções disponíveis na internet quando elas mesmas são ignoradas e não assistidas, nunca acolhidas com amor fraternal, sequer ouvidas. Muitos desses membros perdem-se em meio aos aprimoramentos dos prazeres do mundo, cujo pai é Satanás. Os líderes, em geral, não se percebem esses problemas internos e acreditam que não responderão pela má administração das ovelhas/membros. Talvez tenham rasgado de suas bíblias o livro de Zacarias e de outros profetas que falaram contra os maus pastores e maus líderes do povo que tem um Deus zeloso.
Do que adianta ter vários líderes de peso, como pastores e presbíteros, se alguns membros dificilmente recebem visitas ou são convidados a conversarem com os líderes, muito menos recebem telefonemas ou mensagens de Whatsapp de forma individual, com diálogo de atenção e preocupação?
Exemplos de má administração das ovelhas (membros/pessoas), perante as Escrituras Sagradas: Ezequiel 34.1-22, João 10.11 e 12 e Jeremias 23.1-4.
As células
São compostas, em muitos casos, por líderes de bagagem pequena quanto ao conhecimento e à aplicabilidade das Escrituras. Possuem pouca visão de futuro, com objetivo de preparar seus liderados para qualquer eventualidade da vida.
Cotidiano
O mundo tem mudado a perspectiva de olhar para o futuro: caos econômico de âmbitos nacional e internacional, crise na segurança pública, proliferação de doenças, aumento das violências coletiva e privada, rumores de guerra, islamização e guerra contra o Cristianismo. Surgem liturgias estranhas, proliferação do adultério nas igrejas, expansão de ensinamentos estranhos com rótulo religioso, cristãos aderindo à Maçonaria, ao ecumenismo, ao sincretismo e ao marxismo.
Poucos são os que preparam seus membros e líderes para o caos proveniente do cumprimento das promessas dos últimos dias, antes do aparecimento do anticristo, em Jerusalém. Ignoram que tal lugar seja o marco do mundo e o relógio para os acontecimentos bíblicos. São displicentes quanto à reconstrução do Terceiro Templo. (vídeo)
Um dos propósitos iniciais da Igreja em célula foi a preparação das células para viverem entre o caos, sobreviverem a perseguições, defenderem fisicamente os familiares e não negarem a confiança em Deus e seus ensinos. Todavia, tais objetivos sequer foram implantados no Brasil. A igreja e seus membros vivem prontos para o abate, principalmente no avanço do Islamismo e na proliferação desenfreada da violência. Defendem, de forma errônea, o mandamento “Não matarás” pela má interpretação das Escrituras Sagradas.
O que fazer?
Naquele grande dia, cada um dará conta de si perante a Deus. (Romanos 14:12) Confrontar os ensinos, estudar e meditar nas Escrituras são deveres individuais. Os dias são maus e muito complexos. Não há mais certezas, nem estabilidade em qualquer esfera. Devemos nos preparar para o pior, pois, sem estruturas, não haverá como suportar.
Quanto aos que exercem a liderança de pessoas, a responsabilidade perante Deus será tão grande quanto a forma como as pessoas foram conduzidas, quanto a omissão das verdades contidas na Bíblia e falta de apoio e de suporte aos necessitados.
“Àquele que vencer e fizer a minha vontade até o fim darei autoridade sobre as nações.” Apocalipse 2:26
“Aquele que tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao vencedor darei o direito de comer da árvore da vida, que está no paraíso de Deus.” Apocalipse 2:7
“Aquele que tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas. O vencedor, de modo algum, sofrerá a segunda morte.” Apocalipse 2:11
“Venho em breve! Retenha o que você tem para que ninguém tome a sua coroa.” Apocalipse 3:11