Casamento e equilíbrio

Destinados aos homens que não gostam das atividades do lar.

Cronograma base de horas

Base: Cinco dias semanais e um de descanso

Tabela 1 – O cronograma de tempo ajustável, conforme atividades diárias, e o tempo de locomoção até o local de trabalho.

Resultado: Durante uma semana, com cinco dias, são gastos 21 horas e 30 minutos com diversas atividades, restando apenas três horas livres por dia.

FINAL DE SEMANA

Duas horas: preparo de refeição / lavar roupas
Trinta minutos: aspirar casa
Resultado do 1º dia de final de semana: 21 horas e 30 minutos disponíveis
Resultado do 2º dia de final de semana: 24 horas disponíveis 

O que fazer no tempo livre

Cuidar da espiritualidade
Atividades internas – dentro do lar
Atividades externas – fora do lar
Atividades individuais – cada par desenvolvendo habilidades e aptidões diversas.

Fatos

Poucos são os casais que sabem de fato o que é casamento e, em situações de problema, dificilmente se empenham em aprofundarem o tema, buscando recursos como palestras, livros e aconselhamento com pessoas maduras e casamento estável. Vivem negligenciando os problemas ou aplicando resoluções temporárias.

Desenvolver habilidades requer treino e, uma vez que frases como “é chato”, “é ruim”, “não sou bom nisso”, “tenho outras atividades mais interessantes” são ditas, a mente absorve-as e faz os indivíduos agirem como se não tivessem “vocação” para tais atividades. Obviamente, há também problemas relacionados a traumas; nesses casos, as terapias auxiliam na recuperação psíquica.

As reclamações ocorrem, principalmente, do lado feminino. As mulheres, em geral, gostam mais de organização, cooperação e manter diálogo sobre tudo que for possível. Os homens preferem ser diretos e objetivos nos diálogos. Assim, será necessário esforço para não se irritarem e desejarem dialogar muitas vezes, durante as várias horas do dia. Por natureza, os homens são desorganizados e precisarão ser melhores nesse quesito. Não descarto a hipótese de que haja mulheres desorganizadas e homens super-organizados; e, assim sendo, ajustes devem ocorrer. Como exemplo, visitar parentes ou amigos cujas casas tenham mau odor e bagunça gera atmosfera desagradável, cria vontade de ficar pouco tempo pela sensação de pouco espaço. No padrão antigo, os homens culpariam as mulheres por tal situação; porém, nos tempos atuais, os que não cooperam em casa são taxados de “não merecedores” de tal mulher, de folgado ou de machista.

O mundo mudou, e as nossas percepções precisam se adaptar para não sermos um fardo desnecessário no relacionamento. Viver sem dificuldades, dores ou sofrimento ainda não é possível nesta vida, no planeta Terra. Portanto, criatividade, companheirismo, sinceridade, paciência e tolerância são ferramentas poderosas para quem souber utilizá-las, prolongando o tempo de duração do casamento. Graças à minha esposa e a amigos, posso compartilhar esse aprendizado e incentivar casais a terem longevidade em seus respectivos relacionamentos. Um item em que ainda não me empenhei em fazer, mas me esforçarei: cozinhar.

Aprendi que o casamento ou o relacionamento deve se iniciar como um livro de páginas em branco, no qual tudo será feito em conjunto, conhecendo lugares (como restaurantes), comidas, locais de passeios e roteiro de viagem, amigos… E aprendendo a viver sem comparações ao modelo de vida que se possuía quando solteiro, sem recorrer aos pais/responsáveis quando o “calo apertar”, exceto em situação muito crítica. Difícil é encontrar bons conselheiros; então, estudem juntos temas sobre vida, carreira e espiritualidade.

Livros para referência:

Leman, Kevin. O sexo começa na cozinha, Mundo Cristão Editora

Pease, Allan e Bárbara. Por que os Homens Fazem Sexo e as Mulheres Fazem Amor? Editora Sextante

Chapman, Gary. As cinco linguagens do amor, Mundo Cristão Editora

“A vida é feita de rotina, criatividade, planejamento, execução de planos, alegria pelos resultados, revisão das metas alcançadas e dos planejamentos antigos para que os novos ciclos ou metas sejam satisfatórios, amenizando cenários críticos e de perdas. Revisão das estruturas, sempre!”  – Flávio Sodré